Violação de Privacidade


Nesse feriado chuvoso na praia, só restou recorrer a bons DVDs pra descansar e curtir uns filminhos. Um deles foi “Violação de Privacidade”, com Robin Williams. Como o nome já diz, o tema central é a privacidade das pessoas e até que ponto é possível – e permitido – invadi-la.

Hoje, de certa forma, vivemos numa espécie de reality show, onde somos vigiados por diversas câmeras espalhadas por todos os lados, seja nos radares de trânsito, nas câmeras de segurança de bancos ou edifícios. Mas e quando um chip é implantado em uma pessoa, ainda quando bebê para monitorar literalmente toda sua vida e então, após sua morte, servir de base para uma “rememória” e ficar de recordação para a família?

Aí vêm dois pontos polêmicos: até que ponto isso é correto? Uma pessoa é totalmente verdadeira ao saber que está sendo filmada? Segundo: como um editor de “rememórias”, alguém totalmente desconhecido decide o que deve ou não entrar para as lembranças de uma pessoa?




Ele tem o poder de fazer o mocinho virar bandido e vice-versa diante dos olhos de sua família. Esse é o papel de Robin Williams, que é procurado pela família de homens poderosos para deixar a vida deles mais “perfeita” após sua morte. Ou ainda fazer um pai, que abusava da própria filha, parecer um perfeito e amoroso.

Acho que esse filme, ao falar de privacidade, toca numa questão delicada. Até que ponto podemos invadir a vida de outras pessoas? Entrar em sua intimidade, como faz o personagem Alan (Robin Williams) e ainda fazer disso uma fonte de dinheiro expondo a outras pessoas. Se é que isso é permitido.

Vale aqui a reflexão para os curiosos de plantão e aqueles que acham que podem invadir a vida de outras pessoas como se fosse algo normal. É um filme inteligente e de certa forma nos faz refletir.

Vale a pena conferir.

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