Sexo e polêmica em “Bruna Surfistinha”



A história da garota de classe média de São Paulo que largou a boa vida na casa dos pais para virar prostituta começou a fazer sucesso quando ela criou um blog para contar as suas, digamos assim, experiências. Depois, virou livro: “O Doce Veneno do Escorpião”, que originou o filme "Bruna Surfistinha", sobre o qual comento agora.


Esse não seria o tipo de filme que à primeira vista ia me chamar a atenção, mas dada tamanha repercussão, com tantos comentários, tinha que ficar por dentro também.


Acabou calhando que essa semana ela estava no Pânico da Jovem Pan e escutei uns pedaços; e foi também no Tudo é Possível, da Ana Hickmann, naquele quadro com o detector de mentira (virou celebridade já!), então fiquei meio por dentro do filme, da vida dela, enfim.


Em primeiro lugar, vale comentar a atuação da Débora Secco. Ela encarnou muito bem e com primor a personagem, desde a Raquel Pacheco, com carinha de adolescente rebelde sem causa até se tornar a Bruna Surfistinha, “trabalhando muito”, encarando clientes “de todos os tipos”.


O filme chega a ser um pouquinho cansativo, já que a história é um pouco parada e fica sempre naquela mesma coisa. Mostra a trajetória da garota desde quando saiu de casa, aos 18 anos, passando por um prostíbulo, onde dividia um pequeno espaço com outras moças e fazia programas por R$ 100.



Depois, a moça evoluiu, vejam vocês, ficou ambiciosa e com o dinheiro que havia conseguido – com muita labuta, diga-se de passagem – foi morar em um flat num bairro nobre de São Paulo, onde atendia até seis clientes por dia. Foi neste momento que surgiu a ideia do blog.


Ela contava histórias, dava dicas a mulheres casadas e até avaliava seus clientes. Mas, nem tudo são flores, e em pouco tempo Bruna, que já estava envolvida com drogas, perdeu todas as suas economias, até que no ápice de sua loucura, foi parar no hospital com overdose.


Agora, sem amigos e família, quem apareceu para te ajudar foi Hudson, seu primeiro cliente, e que durante todo o filme se mostrou presente e amigo. Ele pede que ela saia dessa vida e afirma poder dar melhores condições à moça.


Na verdade, o filme não dá a entender nem que ficaram juntos, nem que não ficaram. Masss, a Raquel Pacheco verdadeira contou em uma das entrevistas que vi que atualmente ela é casada com um de seus ex-clientes, então....


Só não se sabe exatamente por que ela fez tudo isso, o que a motivou, mas não estou aqui para julgar ninguém. O que se percebe a certa altura do longa, é que ela pega gosto pela coisa. Talvez pelo dinheiro, ou talvez “pela coisa” em si, ou pelos dois mesmo.


Hoje, ela não fala com sua família; seus pais (que são adotivos) não aceitaram sua escolha de vida e rejeitaram a moça.

Comentários

  1. aaassisti o filme acredito que ela teve muita coragem.Coragem que eu não teria mas enfim cada um escolhe o destino de sua vida mesmo que passe pelo que ela passou.

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