Shakespeare em cena


Estreou na semana passada o espetáculo “A Tempestade”, com texto de Willian Shakespeare, escrito em 1613. No elenco, Paulo Goulart Filho, Sérgio Abreu, Thaila Ayala e Carlos Palma, entre os principais.

Após uma terrível tempestade, o navio onde está Antonio e outros personagens, acaba em uma ilha desconhecida. Lá vivem Próspero, duque de Milão, sua filha Miranda, Caliban e Ariel.


Próspero (que é mágico) foi destronado pelo seu irmão Antônio, e quando o navio chega à ilha, se encarrega, com ajuda de Ariel, seu escravo, de separar os passageiros em grupos. Então, vai em busca de vingança pelo mal que o irmão lhe causou. Apesar de morar com o pai, Miranda pouco sabe sobre sua origem e sua verdadeira história.


Não vou mentir. A peça é complexa e tem textos densos, não tão simples de se entender. Pequenos diálogos são feitos de maneira rebuscada. Também, pudera, trata-se de Shakespeare, há quase 400 anos. Mesmo assim, muitas passagens ignoram o tempo, nos servem de lição e caem muito bem ainda hoje.


O espetáculo é no geral bonito e bem feito, o figurino e a maquiagem também chamam a atenção. Isso do meu humilde ponto de vista. Assim que sentei em meu lugar, pouco antes da peça começar, ouvi a mulher ao meu lado falar ao celular que “a crítica da Veja de nada tinha adiantado, pois o teatro estava cheio”. Trata-se de gosto. Meu namorado não gostou, e ouvi a moça que estava sentada à frente dizendo aos amigos que havia dormido durante metade do espetáculo. Realmente, não é algo comercial e de fácil aceitação, mas acho que vale a experiência sim.


E termino com uma frase que faz parte do texto original que achei bem bonita:

“Nós somos do estofo de que se fazem os sonhos”


“...E nossa vida encerra-se num sono”

Serviço

A Tempestade
Teatro Raul Cortez
Rua Dr. Plínio Barreto, 285
Quinta a domingo, até 26/06

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