Na Tela

Num dia de dobradinha no cinema (saí de uma sessão e já entrei em outra, na mesma sala, inclusive), escolhi o brasileiro “Capitães da Areia” , feito pela neta de Jorge Amado (Cecília Amado), baseado no livro homônimo de grande sucesso e importância na literatura nacional. O filme dá início às homenagens ao centenário do autor , comemorado em 2012. Já aviso que não li o livro, então não tenho como fazer comparações, do tipo “o livro tem isso, o filme tem aquilo”. Pra quem não conhece a história, ambientada na Salvador da década de 30, ela mostra a vida de um grupo de meninos de rua que vive num trapiche e leva vida praticando roubos pela cidade. Apesar de mostrar esse lado malandro, tem doçura e inocência, com o namoro entre Dora e Pedro Bala, líder do grupo. Embalados pela trilha sonora produzida por Carlinhos Brown , os dois descobrem juntos o verdadeiro amor. O filme também faz o espectador se deleitar com as bonitas imagens de Salvador e retrata um lado muito presente na vida do

Já comentei, mas não custa falar de novo que o cinema brasileiro tem apresentado bons filmes atualmente. Aliás, cada vez melhores. É o caso de “Meu País”, com Paulo José, Rodrigo Santoro, Débora Falabella e Cauã Reymond. Falando sobre relações familiares, o filme mostra Marcos (Santoro), radicado na Itália, no comando das empresas do sogro, que precisa voltar ao Brasil com a morte de seu pai, vivido por Paulo José, em pequena participação. Ao chegar em casa, se depara com o irmão mais novo Thiago, empenhado em afundar os negócios da família viciado em jogo e vivendo uma vida boêmia. Não bastando, ele ainda descobre que tem uma irmã deficiente mental de outro relacionamento do pai. Ambos agora têm de se unir para cuidar da nova integrante da família. Thiago é categórico e reluta em aceitar a irmã. Marcos, num ato bonito, citado inclusive por sua esposa, se esforça nessa empreitada, e faz de tudo para ambientar a nova irmã em casa. Algumas famílias muitas vezes são desunidas e sem muit

Este belíssimo filme conta a história de Germain , um homem de mais de cinquenta anos, de vida simples e quase analfabeto. Em uma tarde qualquer, dona Margueritte cruza seu caminho. Uma senhorinha de uns oitenta anos que passava tardes sentada no banco de uma praça lendo e observando as pombas. O tempo foi passando e os dois ficaram amigos. Margueritte fez Germain descobrir o mundo dos livros , que nunca fizera parte de sua existência, já que sua mãe o maltratava, dizendo que ele era um erro em sua vida. Germain ficou encantado, e passou a visitar Margueritte também no asilo onde morava para ouvir as histórias contadas por ela. Até que um dia, ele descobre que sua querida companheira está ficando com a visão comprometida, devido à idade avançada. Agora, é a vez de Germain retribuir o que ela já havia feito por ele. Com a ajuda de sua namorada, ele aprende a ler. Quando se sente devidamente preparado, vai ao encontro de Margueritte e inverte os papéis: agora ele é que lê pra ela . Es

Filme conta a história de Gabrielle Chanel , desde menina conhecida como Coco . Com a morte da mãe e abandonada pelo pai, ela e sua irmã mais velha Adriane foram criadas em um orfanato. Depois de adultas, trabalhavam durante o dia como costureiras, e à noite cantavam em boates para conseguir mais dinheiro. Adriane conheceu um barão que prometeu a ela vida boa e casamento. A moça, mais do que depressa, aceitou e foi morar com o rapaz. Coco seguiu sua vida e passou a se apresentar sozinha, já que não acreditava que alguém importante pudesse gostar de verdade de moças simples como ela e a irmã. Tempos depois conheceu um homem, com que se envolveu, mas tornou-se também um amigo, além de amante. Com a desculpa de visitar a irmã, que estaria morando numa fazenda próxima, Coco se hospeda na casa dele e acaba ficando sem data para ir embora. É lá que conhece Boy Capel , por quem se apaixonou e teve seu amor retribuído, porém, não a ponto de consolidar um relacionamento mais sério. Com pensa

Adorei esse cartaz que eu encontrei na net Pegando carona nas produções de Woody Allen , assisti hoje “Meia Noite em Paris” , último filme do diretor lançado este ano e que eu estava doida pra ver, mas não consegui convencer o namorado a fazer companhia, e acabei deixando passar (no fim, ele acabou dando uma espiada enquanto eu assistia, e agora ficou curioso). Gil (Owen Wilson) é um roteirista de Hollywood, que sonha em ser um grande escritor e começa a querer morar em Paris , quando passa uma temporada com sua noiva Inês e os pais dela na cidade. Logo no início já dá pra perceber que falta sintonia entre os dois. Ela só pensa em fazer as coisas do jeito dela e não incentiva o trabalho do futuro marido como escritor. Para se livrar da companhia de um casal de amigos “pedantes” de Inês, em uma noite após o jantar, Gil dispensa o convite para dançar e decide passear sem rumo pela cidade-luz. Meio embriagado, ele senta em uma escadaria numa ruazinha escondida. Quando bateram as 12 ba

Ontem à tarde estava dando aquela zapeada na TV procurando algum filme interessante pra assistir, quando passei por um dos canais onde havia começado há uns cinco minutos “Vicky Cristina Barcelona” . Sempre que o encontrava, já estava no meio, aí não rolava assistir. Contada por um narrador, o filme mostra duas grandes amigas americanas que vão passar férias em Barcelona , na casa de um casal de conhecidos. Vicky , que estava noiva, já com casamento marcado, era determinada e sabia o que queria. Cristina estava solteira e era mais temperamental, se deixava levar facilmente pelos sentimentos. Apesar de muito amigas, havia um assunto no qual elas sempre discordavam totalmente: o gosto masculino, o que se torna uma ironia no desenrolar da história. Estrelado por grande elenco ( Javier Bardem , Penélope Cruz e Scarlett Johansson ), “Vicky Cristina Barcelona”, de Woody Allen , mostra diferentes histórias de amor que se cruzam de uma maneira intensa para todas as partes. Bardem dá vida ao