Musical: A Família Addams


Quem não se lembra da famosa família macabra de gostos um tanto duvidosos? Criados originalmente em quadrinhos pelo cartunista Charles Addams para a revista The New Yorker, os personagens da Família Addamns fizeram tanto sucesso que viraram série de TV, desenho animado, filmes, e finalmente um musical na Broadway.

A adaptação brasileira acaba de estrear em SP, no Teatro Abril, e ontem tive a oportunidade de assistir. Marisa Orth e Daniel Boaventura dão vida à Morticia e Gomez, com vozes impecáveis.



A trama gira em torno de Wandinha, que agora já crescida, se apaixona por um menino “normal” e pretende se casar, para desespero de seus pais. Tentando contornar a situação, a primogênita dos Addams marca um jantar para que seu clã conheça a família do rapaz, o que causa total rebuliço na casa.

Não bastando a terrível ideia de levar o namorado e sua família para jantar, Wandinha ainda faz o pai prometer que vai guardar segredo de sua mãe a respeito do noivado, algo que vai torturar Gomez, já que ele que nunca escondeu nada de sua amada esposa.

Também fazem parte do espetáculo o pequeno Feioso, irmão mais novo de Wandinha que adora ser torturado pela irmã, o tio Fester, que se apaixona pela Lua, a Vovó, com seu jeitão esquisito, e o desajeitado “mordomo-zumbi” Tropeço, que apenas solta alguns murmúrios.

É uma super produção, de estrutura impecável. Cenários, caracterização do elenco, tudo perfeito. Vale destacar o talento da atriz que interpreta Wandinha, que manda muito bem na cantoria também. Apesar de ter esse ar macabro, o espetáculo é engraçado, tem algumas tiradas que misturam ao texto piadas atuais, que estão na boca do povo. É diversão garantida para toda a família.


Encontrei no Youtube este vídeo com o trecho inicial do espetáculo

Obs.: Um detalhe que acho que vale a pena comentar aqui: os preços. Tudo bem que teatro geralmente é mais caro e tal, mas alguns lugares se aproveitam MUITO da falta de opção. Dentro do teatro, no saguão de entrada, são vendidas taças de pró-seco (R$16), vinho (R$18), baldes de pipoca (R$ 18), e deve ter mais algumas guloseimas, mas só reparei nesses. Mais próximo à plateia tem uma cafeteria (o único lugar que aceita cartão), com salgados "meia-boca" a R$ 8, latas de suco R$ 6 e refrigerante R$ 5. Multiplica por duas pessoas e o valor final fica bem salgado, considerando que você já pagou os ingressos (que variam de R$ 70 a R$ 250), o estacionamento (R$ 25) e sempre acaba emendando com um jantar.

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