Livro: A Última Carta de Amor
Depois de ler "Como eu era antes de você", ando meio viciadinha nos livros da Jojo Moyes. Já li "O som do amor" (preciso escrever sobre ele) e tem mais um na fila. Mas hoje é a vez de "A Última Carta de Amor".
Essa história é contada em duas partes: a primeira na década de 60 e a segunda no início dos anos 2000.
Nesse enredo se entrelaçam as histórias de Jeniffer e seu grande amor com a de Ellie. Jeniffer é uma jovem socialite dos anos 60 que acorda depois de um grave acidente sem se lembrar de absolutamente nada da sua vida. Quando volta pra casa, sofre até recuperar sua memória, e percebe que não tem conexão nenhuma com a vida que aparentemente levava. É casada com Laurence, um homem rico e bem sucedido, não trabalha e sua maior preocupação é o vestido que terá que usar no jantar que ela e o marido vão oferecer para os amigos.
O tempo vai passando e ela não só recupera a memória, como descobre que tem um amante, por quem é muito apaixonada e estava prestes a deixar seu marido para viver esse amor. Mas estamos falando de 1960, e naquela época, as coisas não eram assim tão simples, e o divórcio quase não era mencionado.
Jeniffer e Anthony (Boot) vivem uma relação rápida e intensa, mas são separados pelos desencontros da vida. Eles se correspondiam por cartas e, após pensar que seu amor tinha ido embora para sempre, ela deixa aberta a caixa postal por onde se comunicavam.
Jeniffer achava que Anthony havia morrido e ele enterrou dentro de si o amor por alguém que achava tê-lo abandonado.
Já em 2003, passados mais de 40 anos dessa história, entra Ellie, uma jornalista de 30 e poucos anos, independente e que se considerava bem sucedida em sua carreira. Ela tem uma relação complicada com um homem casado e, certa vez, fazendo uma pesquisa no arquivo do jornal onde trabalhava, encontra uma das cartas de Anthony para Jeniffer. Com seu faro jornalístico, sente cheiro de boa história e decide investigar.
"A última carta de amor" fala sobre alguns temas além do amor: traição, perda, reencontro, resignação e amor próprio. Mostra muito claramente como funcionava uma sociedade machista nos anos 60, onde a mulher não tinha o direito de se separar do marido, pois era considerado egoísmo e as pessoas não iam vê-la com bons olhos. Ela deveria, sim, manter um casamento de aparências e fechar os olhos para as traições do marido.
Ao final de cada capítulo tem um trecho de uma última carta de amor ou alguma forma de correspondência da vida real.
Apesar de tratar de temas um pouco mais polêmicos para a época, como traição, a história te faz mergulhar. Eu devorei o livro em poucos dias, imaginando cada personagem. Dá até uma tristezinha quando termina. Depois de "Como eu era antes de você", esse já é o meu favorito da autora. 😊
Alguém já leu? O que achou?
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