Capitães da Areia


Num dia de dobradinha no cinema (saí de uma sessão e já entrei em outra, na mesma sala, inclusive), escolhi o brasileiro “Capitães da Areia”, feito pela neta de Jorge Amado (Cecília Amado), baseado no livro homônimo de grande sucesso e importância na literatura nacional. O filme dá início às homenagens ao centenário do autor, comemorado em 2012.

Já aviso que não li o livro, então não tenho como fazer comparações, do tipo “o livro tem isso, o filme tem aquilo”. Pra quem não conhece a história, ambientada na Salvador da década de 30, ela mostra a vida de um grupo de meninos de rua que vive num trapiche e leva vida praticando roubos pela cidade.


Apesar de mostrar esse lado malandro, tem doçura e inocência, com o namoro entre Dora e Pedro Bala, líder do grupo. Embalados pela trilha sonora produzida por Carlinhos Brown, os dois descobrem juntos o verdadeiro amor.


O filme também faz o espectador se deleitar com as bonitas imagens de Salvador e retrata um lado muito presente na vida dos baianos, principalmente naquela época: o candomblé. Alguns rituais são apresentados com muito batuque e baianas com seus grandes vestidos brancos e rodados, algumas vezes à beira-mar.



Outro ponto interessante foi a escolha de meninos em abrigos de Salvador para dar vida aos personagens eternizados por Jorge Amado. A ideia foi dar mais verdade à trama e não forçar com aqueles sotaques improvisados de atores “não-baianos”. Deu certo, mas, na minha opinião, faltou um pouco de expressão na atuação de Jean Luis Amorim, que dá vida a Pedro Bala. No mais, quem conhece a história e gosta de Jorge Amado, com certeza vai querer assistir e não vai se arrepender.

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